Na tarde de segunda feira (05/11), hackers invadiram os servidores do STJ e criptografaram todos dados e sistema do tribunal, conseguindo criptografar inclusive os backups de dados da corte.
Este ataque cibernético é considerado um dos mais graves da história, já cometidos contra o Estado no Brasil. A tramitação dos processos no STJ está suspensa, assim como seus sistemas estão bloqueados e o acesso ao servidor interno de e-mails está fora do ar.
A Polícia Federal e o setor de informática trabalham no caso, afim de analisar a extensão do ataque e como irão contornar a situação, empresas como Microsoft auxiliam o STJ no caso
Na quinta feira (05/11), técnicos do STJ encontraram um pedido de resgate dos dados seqüestrados, algo comum em ataques dessa natureza, chamado ransomware, essa ameaça se instala na rede da vítima e começa a roubar documentos sensíveis enquanto se espalha pelas máquinas. Em posse dos arquivos relevantes, o malware se manifesta e começa a cifrar os dados nos computadores afetados.
As informações preliminares apontariam que o hacker não precisou de grande sofisticação para entrar nos sistemas da Corte. Uma das suspeitas é que, com a pandemia, os técnicos tenham começado a trabalhar em home office, e com isso o sistema pode ter ficado vulnerável. Antes, o acesso de nível estratégico aos sistemas do tribunal só podia ser feito presencialmente, dentro da sala de servidores. Assim, o trabalho remoto ajudaria a explicar as falhas que levaram o hacker a ter sucesso no ataque.
